sábado, 17 de março de 2012

Deputado Romário diz que saída de Teixeira extirpa "câncer do futebol"


Heróis da conquista do tetracampeonato com a seleção brasileira, na Copa dos Estados Unidos, em 1994, a primeira conquistada na gestão de 23 anos de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Romário, Bebeto e Carlos Alberto Parreira reagiram de maneiras diferentes à renúncia do dirigente. O deputado federal Romário usou palavras nada diplomáticas para comentar a saída de Teixeira. Motivo, segundo ele, para festejar.

"Hoje podemos comemorar. Exterminamos um câncer do futebol brasileiro. Finalmente Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF”, escreveu o parlamentar em seu Facebook. Ele também falou sobre José Maria Marín, o vice-presidente mais velho (79 anos) e que assumiu o cargo. “Espero que o novo presidente, o que furtou a medalha do jogador do Corinthians na Copa São Paulo, não faça daquele ato uma constante na confederação. Senão, teremos que exterminar a Aids também", analisou Romário, referindo-se ao episódio de janeiro deste ano, quando Marín foi visto colocando no bolso a medalha que deveria ter sido entregue ao goleiro do Corinthians, campeão do torneio de juniores.

Em entrevista ao programa de televisão “Arena Sportv”, o deputado estadual do Rio de Janeiro Bebeto teve tom completamente diferente do usado pelo ex-companheiro de ataque na seleção. Bebeto se esquivou de tecer comentários mais aprofundados e limitou-se a repetir que o trabalho não pode ser interrompido. O deputado foi recentemente integrado ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, do qual Ricardo Teixeira também renunciou.
- A decisão (de Teixeira de renunciar) me pegou de surpresa. Foi um problema pessoal, só ele pode explicar. Mas acho que o trabalho que ele fez na seleção, não podemos esquecer. Foi um homem forte, que trouxe a Copa do Mundo para o Brasil. Não tive a oportunidade de jogar uma Copa no Brasil, mas poderei trabalhar agora nos bastidores. Para mim e para o Ronaldo (também integrante do COL), não muda nada. Vamos seguir em frente com o novo presidente, o trabalho vai continuar. A vida continua, e a responsabilidade também. As obras têm que continuar, não têm que parar. Porque se parar, aí, meu irmão... - opinou Bebeto.

Técnico de Romário e Bebeto na seleção campeã do mundo em 1994, Parreira lamentou a saída de Teixeira do comando da CBF. Ele admitiu que a pressão pela sua desistência era grande, mas crê que o ex-presidente deixa um legado importante para o futebol brasileiro.
- Quero dar boa sorte ao Ricardo Teixeira. Creio que ele tenha cedido à pressão dos familiares que zelavam por sua saúde. Ele deixou um legado muito importante para o futebol brasileiro. Pelo excesso de pressão em torno de sua saída, creio que ele tenha desistido em um momento certo - afirmou o ex-treinador.

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